O tema da vez é o futebol, a Copa do Mundo. Enquanto mulher, ser a quem no Brasil é dado o direito de elogiar as pernas dos jogadores ou tecer comentários estéticos quaisquer sobre um dos 22 em campo (caraca, ta sabendo), devo dizer que acho um absurdo a Fifa não recorrer à tecnologia e permitir que erros descarados dos juízes mudem completamente o rumo de jogos decisivos.
Estamos falando de uma paixão que é transnacional, ora bolas, e como pode um carinha validar erros grotescos como não marcar um gol onde a bola entrou pra caramba ? Eu disse aqui em casa, que se fosse o goleiro da Alemanha avisaria que o gol foi legítimo, tal fazem os tenistas que acusam a marcação de um ponto adversário. Meu filho achou um absurdo, e disse que nenhum jogador faria isso, mas ora, no futebol não se pode ter decência? Qual a graça de ganhar assim? É daí que vem o lema ‘o importante é competir’?
Mais tarde, antes de dormir, ouço por osmose ao programa que meu marido assistia, um bate papo futebolístico onde se comentava a declaração do Dunga de que os erros fazem parte do futebol e que se não fosse isso muita gente ia estar desempregada, os comentaristas, ele inclusive, que o inesperado faz parte e um blá blá blá danado. Gente, me revolta ouvir uma coisa dessas. Então tá, a gente sabe que foi um erro crasso, o mundo inteiro viu, mas tudo bem, fica por isso mesmo porque futebol é assim? Se ser mulher é perceber isso e não se conformar, vou continuar com saudades das lindas pernas do Leão, para sempre marcadas na minha memória. Pelo menos não era um passado inglório.