segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Alemão é o cacete. Somos brasileiros!

Confesso que estava muito apreensiva com relação à invasão da polícia ao Complexo do Alemão. Pensei que os bandidos poderiam ter minado acessos à favela, preparado produtos químicos que cegassem os policiais, sei lá, uma ofensiva surpreendente. Mas, felizmente, quem ficou surpresa fui eu. Depois de tantos anos da cultura do medo imposta pelos traficantes, eu pensei que eles tinham, vamos dizer, mais bala na agulha.

Meus respeitos à ação policial coordenada, organizada e unida. Sem dúvida é um exemplo que fica. Espero, é claro, que a ocupação continue e que se alastre para os outros redutos ainda livres da polícia, como a Rocinha.

Agora, um outro lado muito importante que ficou quase sem ser abordado é a questão dos consumidores de drogas. São eles que sustentam o tráfico, porque sem demanda não há oferta. E aí jacaré? Pra essa banda não pega nada?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Gosto de viver neste século

Às vezes a tecnologia pode ser tão maravilhosa... ou tão útil. Duas novidades na internet me chamaram a atenção recentemente. Primeiro a transmissão ao vivo do nascimento de bebês, o chamado parto on-line. Que coisa bacana. Fiquei imaginando quando o meu filho nasceu e minha mãe não pôde vir ao Rio porque meu pai estava muito doente, quão legal seria se eles pudessem ter visto o parto e conhecessem o primeiro neto assim, de imediato.

A segunda é meio fúnebre, quer dizer, totalmente, mas muito útil: a transmissão em tempo real de sepultamentos. Hoje em dia, com o mundo globalizado, quem não tem um amigo ou parente que mora longe e a quem gostaríamos de prestar nossa última homenagem? Governador Valadares, no interior de Minas, saiu na frente e oferece o enterro on-line.

Já há também sites tipo velório, onde você pode acender uma vela na intenção de alguém. Estranho, né? Mas, como nessas coisas acredito que vale mesmo o nosso propósito, acho válido.

É isso aí queridos, novos tempos. Parodiando Che, eu diria: Hay que adaptar-se pero sin perder el sentimiento jamás.

Quem quiser conhecer:
http://www.gratefulness.org/candles
http://www.velavirtual.com.br

terça-feira, 2 de novembro de 2010

De Gaulle tinha razão: isso aqui não é um país sério

No Globo de domingo saiu uma matéria falando que vão faltar pilotos de helicóptero no Brasil. Com as necessidades do pré-sal e considerando o tempo médio de profissionalização, o alto custo para se formar (em torno de R$ 160 mil para cumprir a carga horária mínima de vôos exigida) etc, etc, nossos parlamentares tiveram uma brilhante ideia: fazer uma emenda que permita importar pilotos.

????????? Ao invés de financiar esse curso caríssimo, estimular a formação de pilotos, anunciar a todos os cantos que o país tem essa necessidade e que os salários são ótimos, o que se pensa é dar uma excelente oportunidade profissional aos estrangeiros?

Bon Dieu de la France. Xenofobia à parte, isso é um total absurdo.