segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Lançamento do meu livro de poesias



(clique na imagem para ampliar)

Amigos, divido com vocês uma grande alegria: o lançamento de meu primeiro livro. É um livro de poesias feito a partir do estímulo que vem sendo a leitura de ótimas obras, especialmente após minha adesão ao Clube de Leitura Icaraí, e do incentivo de uma querida amiga filósofa, professora de literatura e exímia conhecedora e declamadora da boa poesia. 

A poesia me ensinou que sonhar é possível, é gostoso, está ao nosso alcance. Venha partilhar esse sonho realizado comigo, dia 25 de setembro, às 20h, na Sala Carlos Couto do Teatro Municipal de Niterói (em frente ao Plaza Shopping). Acima segue o convite virtual.

Beijos carinhosos para todos vocês.

sábado, 11 de agosto de 2012

REPUGNANTE



Semana retrasada postei um conto meu no blog do Clube de Leitura Icaraí. Recebi muitos comentários surpresos, escritos ou falados, e um longo telefonema de uma prima muito querida. Ela me perguntou: Por que é que você escreveu isso? O que você quis dizer? E me contou, do alto de toda uma vida conhecendo bem a minha, as considerações que teceu e juntas trançamos e destrançamos essa teia gostosa da qual mal nos apercebemos quando estamos em processo, em construção, ou seja, no sempre.

Eu não tinha me questionado absolutamente porque inventei aquele conto, taxado como repugnante por diversos leitores (abaixo o link para os corajosos), mas foi muito bom fazer esse trajeto, incerto, ao lado de uma voz amiga.

E quando não conhecemos os autores, refletimos também sobre isso? Ou quando os autores não se identificam, é o medo de exporem seu outro lado que fala mais alto ou talvez o respeito à privacidade de familiares e amigos?

Hoje,  folheando o Caderno Prosa, em sua versão piorada após a reforma que o O Globo impôs, li com gosto o ensaio da Elvira Vigna intitulado “Tentativas sobre o conto”. Ela cita diversos autores e suas opiniões a respeito, mas identifiquei-me especialmente com a do Ricardo Piglia que diz que o autor de um conto deve estabelecer duas histórias que correm simultâneas e são o contrário uma da outra. Sem querer, eu fiz isso, talvez curvando-me ao óbvio conflito que mora nessa alma e que agora não precisa mais se esconder.