segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Homofobia deve ser crime em qualquer país. Alô África!

Estarrecedor, absurdo, criminoso. São adjetivos que me vêm à mente quando leio o tratamento que está sendo dado a homossexuais na África. E, como vivemos em plena era da globalização, onde a distância está a um clique de nós, esse retrocesso indesculpável importa e muito.

Excetuando a África do Sul, único país do continente onde os relacionamentos homo são legalizados, e alguns poucos países sem legislação específica, todo o restante da África é não apenas homofóbico como ainda sujeita quem assume sua preferência sexual a sanções e até à pena de morte. Isto em pleno século XXI.


Se no passado a religião era usada como desculpa para apoiar o repúdio às uniões homo, hoje, além do uso religioso continuar justificando inúmeras formas de tirania e opressão, é o governo quem aparece como vilão, legitimando o barbarismo. Incutir medo e cercear a liberdade, em suas várias formas, sem dúvida facilitam a manipulação de uma sociedade e a perpetuação dos interesses de seus governantes. Mas, ainda assim, não consigo entender essa ira, esse preconceito nojento por uma decisão que é individual. Como podem as pessoas se sentirem ofendidas se a opção sexual de A ou B é diferente da sua? Isso não é cultural, antropologicamente falando, e nem animal pois que os tachados de irracionais não apresentam esse comportamento hediondo. Sei lá o que é, mas é preciso o nosso repúdio mais vigoroso e veemente.


O quadro na África, segundo o Jornal O Globo de 16/02/2014

Atos homossexuais proibidos em: Marrocos, Argélia, Líbia, Tunísia, Egito, Guiné, Senegal, Angola, Namíbia, Botsuana, Zimbábue, Moçambique, Malauí, Tanzânia, Burundi, Quênia, Etiópia e Sudão do Sul.

Além de proibidos, punidos com pena de morte em: Mauritânia, parte da Nigéria, Sudão e Somália.

Em andamento leis que criminalizam atos homossexuais: Rep. Centro-Africana e Uganda.