terça-feira, 20 de setembro de 2011

Não há esperança para a Hope



Não sei se vocês já viram o anúncio da Hope que a Gisele Bundchen está fazendo (link http://www.giselebundchen.com.br/novidades/9809/nova-campanha-de-lingerie-gisele-ensina). Eu achei absolutamente chocante. Primeiro ela aparece de vestido dando para o marido (calma) a notícia de que a mãe dela vai morar com eles. Aí aparece marcado ‘errado’ naquela forma de comunicação e então a Hope vai ensinar a forma certa de dizer. Aparece novamente a Gisele de calcinha e sutiã, dando a mesma notícia, com a marcação de ‘certo’. E a vozinha diz: ‘Você é brasileira, use seu charme’.

Francamente, depois de a mulher ser acusada de provocar estupros por se vestir de modo ‘ousado’, de se matar a companheira alegando honra masculina ferida e outras atrocidades, vieram a luta pelos direitos iguais, a lei Maria da Peña e parcos avanços sociais. E agora, em pleno 2011, invadem a minha casa com uma mensagem dessas, que nem sei como caracterizar. É assim que se passam os conceitos mais podres, em tom de brincadeira, de gracinha.

Decepção com a Gisele, que eu pensei ter mais que beleza exterior para mostrar. Decepção com o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), que nem deveria permitir uma mensagem machista dessas e decepção com a Hope, que não entra mais aqui em casa. Aqui, só esperança legítima, dessas que brotam da alma do homem sem gênero, crescem com as ideias, frutificam com as palavras e semeiam ações que valem a pena.

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de setembro ou qualquer dia



Eu, que vocês já sabem sou fã da Martha Medeiros, hoje não gostei de sua coluna. Não sei porque as pessoas acham que são obrigadas a falar do 11 de setembro. Eu não acho, mas falo mesmo assim, por Indignação, até para usar o título do excelente livro de acabo de ler.

Jamais considerei esta data um marco e acho chocante e mudo de canal quando a Globo faz suas reportagens especiais com uma jornalista prostrada com cara de Maria Madalena onde antes se viam as torres gêmeas e diz que a liberdade foi ameaçada, que o terrorismo é a pior coisa do mundo e que uma piscina sem fundo foi inaugurada em homenagens às vítimas, representando um pranto sem fim pelos inocentes mortos. Eu pensei que era jornalismo, mas era a novela das 6, das 7, das 8, sei lá qual, porque felizmente não vejo nenhuma.

Sem qualquer apologia ao terrorismo, que é mais um mal da humanidade, acho que não podemos cair neste canto da sereia. Foram 2.996 vítimas no atentado de setembro, contra cerca de 873 mil mortes, só para falar nas guerras do Iraque e Afeganistão, patrocinados pelos santinhos do pau oco. Sugiro que vocês acessem o link abaixo e aprofundem o que é informação de fato.

http://jornaldedebates.uol.com.br/debate/quais-os-verdadeiros-valores-sociedade/artigo/11-setembro-os-mortos-norte-americanos-os-outros-mortos/16280 

No mais, hoje é um dia qualquer, desses em que o homem deveria refletir sobre suas ações, não querer invadir países alheios, não desejar inflar a opinião pública contra esse ou aquele ditador porque a exploração do petróleo ou de qualquer outra riqueza local lhe convém, um dia em que poderíamos deixar a hipocrisia de lado e sermos, finalmente, o que o nome nos sugere: humanos.

P.S: A foto refere-se a um dos inúmeros bombardeios orquestrados pelos americanos contra o Iraque, que como se sabe não tinha qualquer arma secreta de destruição em massa. O país continua arrasado até hoje. Não sei o dia que dedicam a esses centenas de milhares de mortos e suas famílias destroçadas, mas poderia ser hoje.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Resposta do 'meu' dileto escritor

 
'Não é que os anjos conspiram a meu favor?' Rsrsrs. Essa brincadeira eu faço sempre com meu filho, que às vezes acha que minhas ações não têm a mínima chance de dar certo. Mas a gente acreditar e, pelo menos tentar, ajuda, né? Segue abaixo a resposta do maravilhoso escritor à minha cartinha sobre seu livro "A máquina de fazer espanhóis", que está no post anterior. Fiquei felicíssima.
 
Cara Rita

fico muito contente com a sua reacção ao meu livro. creio que será fácil perceber que me foi muito especial escrever sobre este assunto, por meu pai, por mim, por todos nós.
fico muito contente que possa ser lido e recebido assim

este ano não devo ter como voltar ao brasil, mas se aí estivesse em outubro ia gostar de assistir a essa sessão do vosso clube de leitura. espero, de todo o modo, que seja uma tertúlia agradável. deixo para todos um grande abraço

e a você, de modo muito querido.
obrigado
valter

Enviado do meu iPhone