quinta-feira, 28 de outubro de 2010

“Para não dizer que não falei de flores”

Eu queria dividir com vocês um pedaço de um sonho. Um sonho que a gente pode sonhar dormindo ou acordado, pois é bom para a alma e para o corpo. Na verdade é como um antepasto, um abre apetite de amor, de paz, de alegria, de superação, de enfrentamento, de garra, de determinação, de força de vontade, de paciência (essa parte vocês me dão porque a minha sempre vai embora rapidinho, é fogo), de agradecimento, de merecimento, de solidariedade, de verdade, de amizade, de tesão pela vida.

Então, a entradinha foi boa? O prato principal pode ser bem variado, reunir os mesmos ingredientes em doses maiores e outros que você desejar combinar. O sonho estará completo quando todos estivermos com o mesmo sonho em mãos e mentes, numa espécie de meditação cósmica. Curioso é que será um sonho completo e completamente dividido e partilhado por nossos corações. Om shanti!

P.S: Minha homenagem ao Geraldo Vandré que nos brindou com essa linda e eterna canção.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

À Cuba libre

Primeiro, uma curiosidade: diz o resultado da pesquisa no google que a famosa cuba libre, que tanto rolou nas festas de outrora, é uma bebida cuja invenção é atribuída aos soldados norte-americanos que ‘ajudaram’ nas guerras da independência cubana (1898). Ah, o destino sempre nos pregando peças...

Agora vamos ao fato, já meio velhinho - eu estava sem inspiração para escrever – de que 500 mil trabalhadores estatais cubanos serão dispensados de seus postos e incentivados a abrir negócios próprios. Caraca, 500 mil??? Fiquei estarrecida. Haja empreendedorismo, e assim, de repente. Como esse povo todo vai se arranjar?

Arrendamento, usufruto e cooperativas também são apontados como alternativas, mas será mesmo nos pequenos negócios familiares que a coisa terá que deslanchar. Ou não.

Confesso que uma parte de mim se entristece em saber que o último suspiro socialista chegou. Ao mesmo tempo, torço para que o que o novo governo idealiza como possível e auspicioso realmente aconteça e a ilha de Fidel possa mostrar ao mundo a que veio. Com uma população com alto nível de escolaridade, medicina de primeira e sem as rigorosas sanções que os americanos e aliados impuseram ao longo de décadas, acho que los hermanos podem chegar lá.

Que Che os ilumine!

sábado, 2 de outubro de 2010

Uma vaia magistral à industria farmacêutica

Hoje vi um filme 'pay per view' na sky que levantou uma questão interessante e até veio a calhar com a notícia que deveria ser bombástica sobre a experiência que os norte-americanos fizeram na década de 60 com e contra os guatemaltecos. Digo deveria porque, cá pra nós, já espero quase tudo da humanidade e vir a público que colocaram em risco a saúde e vida humanas para testar medicamentos, francamente não me surpreende. O único ‘ah’ veio do fato de ser notícia. Enfim, uma mídia que não se vendeu, pelo menos nesse caso.

Bem, voltando ao filme, que trata de uma doença genética degenerativa e ainda incurável, pais desesperados e com medo de perder seus filhos aos 9 anos de idade partem para tentar financiar pesquisas de um cientista promissor. O que o pai passa, é brincadeira, mas por fim, o filme, que é baseado em fatos reais, tem um final relativamente feliz. Fica, porém, a mensagem principal. A indústria farmacêutica nada, absolutamente nada, tem de nobre. É vil, é cruel, só pensa em lucros e trata a vida humana sem qualquer consideração.

Não tenho ilusões: a cura de várias doenças não foi ‘descoberta’ porque não interessa aos cofres dos respectivos laboratórios. Vale muito mais a pena manter um remédio de uso prolongado e eterno para maximizar os lucros. Ou será que não te ensinaram isso na escola?

Ops, pra quem quiser ver, o nome do filme é Decisões Extremas, com o Harrison Ford no papel do cientista fodão do bairro Peixoto.