sábado, 2 de outubro de 2010

Uma vaia magistral à industria farmacêutica

Hoje vi um filme 'pay per view' na sky que levantou uma questão interessante e até veio a calhar com a notícia que deveria ser bombástica sobre a experiência que os norte-americanos fizeram na década de 60 com e contra os guatemaltecos. Digo deveria porque, cá pra nós, já espero quase tudo da humanidade e vir a público que colocaram em risco a saúde e vida humanas para testar medicamentos, francamente não me surpreende. O único ‘ah’ veio do fato de ser notícia. Enfim, uma mídia que não se vendeu, pelo menos nesse caso.

Bem, voltando ao filme, que trata de uma doença genética degenerativa e ainda incurável, pais desesperados e com medo de perder seus filhos aos 9 anos de idade partem para tentar financiar pesquisas de um cientista promissor. O que o pai passa, é brincadeira, mas por fim, o filme, que é baseado em fatos reais, tem um final relativamente feliz. Fica, porém, a mensagem principal. A indústria farmacêutica nada, absolutamente nada, tem de nobre. É vil, é cruel, só pensa em lucros e trata a vida humana sem qualquer consideração.

Não tenho ilusões: a cura de várias doenças não foi ‘descoberta’ porque não interessa aos cofres dos respectivos laboratórios. Vale muito mais a pena manter um remédio de uso prolongado e eterno para maximizar os lucros. Ou será que não te ensinaram isso na escola?

Ops, pra quem quiser ver, o nome do filme é Decisões Extremas, com o Harrison Ford no papel do cientista fodão do bairro Peixoto.

2 comentários:

  1. "Temos que acreditar nalguma coisa e, sobretudo, temos de ter um sentimento de responsabilidade colectiva, segundo o qual cada um de nós será responsável por todos os outros. Estas são idéias do brilhante José Saramago"
    Quando li o que você escreveu lembrei destas palavras e fui lá catar nos meus escritos para não trocar nenhuma letra, é esse discurso que norteia a minha vida, mas infelizmente a gente vai encontrar nesta vida gente de todo o tipo

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  2. É por essas e outras que certas áreas da economia precisam estar em mãos do Estado, e não da "iniciativa privada", como Saúde, Educação e Segurança Pública. Quando o Estado é ineficiente nessas áreas, beleza, é só votar diferente nas próximas eleições. Quando estão em mãos privadas, o nome já diz, é uma M... não há o que fazer, só reclamar. O dinheiro, o capital, não pode mandar em tudo. O interesse público precisa prevalecer. E o Estado (democrático) é o único espaço público, onde o povo pode influir alguma coisa.

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