Estou lendo Admirável Mundo Novo e é inevitável não tentar imaginar o futuro. Já em 1932, pouco antes da 2ª guerra mundial, Aldous Huxley inventou o que poderia ser um mundo perfeito, sem dor ou depressão, com consumo liberado de drogas que sequer tinham efeito colateral. Maravilha? Leiam e saberão.
Mas o futuro sempre nos inquieta, não? Nem falo das questões universalistas e de geo-política, mas daquele amanhã que adentra nossa casa e invade nossa vida em pequeninas coisas que acabam tendo grandes desdobramentos. A internet é um exemplo recente. E hoje, deparei-me com isso: “No futuro, as crianças usarão camisetas em que, no lugar de serem estampadas com fotos estáticas, exibirão slideshows com diversas fotos em sequência, ou mesmo vídeos”. A frase é de LaChapelle, canadense cofundador de uma rede social especializada em mobilidade falando sobre o futuro da foto digital.
Chama minha atenção a necessidade do homem comunicar-se com o outro, mesmo que não o conheça, mesmo que, a princípio, não queira falar com ele. A foto, em movimento ou não, o vídeo ou frases são todas formas de dizermos um pouco sobre nós mesmos e assim nos diferenciarmos em meio a uma multidão. Acredito nisso, não gosto daquilo, compro essa ideia. Que bom que, ao que parece, no futuro continuaremos inventando outras formas de transmitir a mesma coisa.
Em tempo: escolhi um vídeo que usaria na minha camiseta futurista, e com direito à música, inclusive.