Termino a leitura de “As
mulheres do meu pai” de José Eduardo Agualusa, um pouco atordoada. O livro é
excelente, mas tão intrincado, com tantos personagens, uma história dentro da
outra, que quando você termina precisa começar outra vez.
Shopenhauer deve ter feito
como Evandro, amigo e coordenador do nosso grupo de leitura, que lê os livros
antes deles serem escritos, ao sentenciar:
“Daí, pois, como já se disse, exigir a
primeira leitura paciência, fundada em certeza de que, na segunda, muita coisa,
ou tudo, se entenderá sob luz inteiramente outra"
Sim, mas não vou me
alongar sobre o livro, que absolutamente recomendo. Queria ater-me a uma
citação da página 156, a propósito de uma brincadeira sobre coisas que não
existem.
“- Ah, fotógrafos cegos
existem realmente – riu-se. – Conheço um francês de origem eslovena, chamado
Evgen Bavca. Cego dos dois olhos. E é bastante bom...”
Eu que sou cética, fui
procurar na internet. E não é que existe mesmo? Que história triste e bonita,
mais um exemplo humano de superação. Um ótimo exemplo, aliás, para ser
relembrado nesta virada de ano, onde temos tantos sonhos e às vezes não
acreditamos o suficiente neles. Tanta coisa é possível, até o impossível.
Feliz 2013 para todos vocês!
Para ler a matéria e ver
as fotos do fotógrafo Evgen Bavca, clique no link abaixo: