segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Salvando a natureza, nos salvaremos

Impossível não falar da tragédia que assolou a região serrana do nosso estado. Impossível não se sensibilizar com todo o cenário de morte, destruição e precariedade, mas a hora é também de refletir, mudar de comportamento e cobrar das autoridades ações que possam efetivamente evitar desastres deste porte.

O homem desrespeitou tanto a natureza ao longo de décadas que agora o que era uma apologia de ambientalistas virou uma necessidade e mesmo uma imposição para nossa própria existência na terra. É preciso fazer as coisas de outro jeito.

Precisamos ter um plano de emergência para estas situações-limite, até porque elas não estão sendo mais exceção. Todo o planeta experimenta o caos, de uma forma ou de outra: temporais, vendavais, terremotos, tsunamis, vulcões, seca, queimadas, ciclones, etc.

A Austrália viveu uma calamidade parecida recentemente e se saiu muito melhor. Lá as autoridades sabem como evacuar as áreas e a população escuta as orientações pelo rádio, o que fez uma inundação em três quartos do Estado de Queensland provocar cerca de 15 mortes, ao passo que aqui já são mais de 600.

O básico: monitorar as áreas de risco; montar um sistema de alerta com orientação a população; criar abrigos pré-definidos para receber moradores. A curto e médio remover a população que mora em áreas de risco, ter programas habitacionais eficientes.

De imediato para sempre, mudar nosso comportamento frente à natureza, convivendo com ela em harmonia, sem destruí-la. E exercermos nossa solidariedade, é claro, que sempre faz bem.

3 comentários:

  1. Brilhante! Om Shanti

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  2. Pressionar as autoridades é a coisa certa a fazer, mas infelizmente essa frase bonita cai sempre no vazio. Pressionar como? Então leio no jornal uma notícia interessante. A OAB sugeriu uma Lei de Responsabilidade Social, nos moldes da já existente Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ora, essa última pune administradores públicos por endividamentos irresponsáveis, limita gastos, etc, tudo para proteger os credores do Estado (Bancos que emprestam a União, Estados e Municípios). Ou seja, o sr. banqueiro emprestou e exige solvência dos governos para que paguem juros e não declarem, jamais, moratórias, etc etc. Muito bem, mas uma Lei de Responsabilidade Social (LRS) é muito mais interessante para nós, brasileiros. Uma lei que obrigue os governantes a se importar com as pessoas. Que obrigue gastos mínimos com saúde e educação, que puna o administrador que permitir a ocupação desordenada do solo (encostas, margens de rios, etc). Meu Deus, a lei já estipula pelo menos 50 metros de distância entre habitações e rios, mas a coisa rola solta e nenhum desses prefeitos tem peito e sentido de responsabilidade para ir lá e mandar derrubar. Casa boa ou casebre, não importa. Dê um prazo para sair, que pode ser razoável - 6 meses, 1 ano - e depois derruba. E o cara que construiu ou mora nesses lugares ainda tem que agradecer porque não foi preso. Ele está sendo irresponsável, não só com o meio ambiente e consigo próprio, mas também com seus filhos e com os vizinhos! Está causando risco de vida!!! Meu Deus!!! Isso é pra dar CADEIA!!!!! E o prefeito que vê isso e não faz nada também é um CRIMINOSO!!!!!!!! Quando será que as coisas serão vistas como são????

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  3. È uma tristeza constatar a cada verão que vivemos as mesmas situações sendo que a cada ano a situação se agrava.
    Muito bem colocada a responsabilidade pública, mas também precisamos fazer a nossa parte. Esta semana subi a Grajaú Jacarepaguá de ônibus e pude observar a quantidade de lixo abandonada ao longo da via.
    Casebres construídos de uma forma assustadora. Não precisa saber muito para prever o resultado final de tanto descaso.

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