Que bom que meu post repercutiu e já foi capa do Globo e tudo, rsrsrsrs. Que bom que além da ministra Iriny mais 15 pessoas entraram com pedido de suspensão da campanha da Hope, estrelada pela Gisele, ainda que a ação desejada não tenha se concretizado, até agora. Pena, no entanto, que o Globo, e inclusive o Chico estejam tratando o assunto com tanto partidarismo pró-Bundchen, mostrando parte da campanha com o ‘certo’ assinalado quando é a modelo quem posa de biquini e ‘errado’ quando é a ministra, quer em reprodução fotográfica, quer em charge. Ai, ai, é preciso ver e ler o que esse pessoal não escreve, se não estamos muito fritos.
Aí a gente segue absorvendo mais informação sobre o tratamento que a mulher ainda recebe no mundo: estímulo ao aborto feminino na Índia e na China, chibatadas para mulher que ‘teima’ em dirigir na Arábia Saudita, clitóris cortado e vagina costurada na Somália, Sudão, Etiópia e por aí vai. A lista é tão extensa quanto deprimente e, como hoje é domingo, vou amenizar.
Gostaria mesmo é que as pessoas refletissem sobre como gestos simples, travestidos de um humor pra lá de questionável, podem ter consequências graves na psique humana, se enraizar no íntimo do masculino e do feminino consagrando de um lado o machismo - trazendo a reboque o autoritarismo e a opressão - e de outro o sentimento de inferioridade, submissão ou revolta, ambos conduzindo a infelicidade mútua. Nisso tudo, e ainda mais que hoje termina o Rock in Rio (saudades do 1º), fico com Pepeu Gomes. Ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino, se Deus é menina e menino, sou masculino e feminino.
O Globo... simplesmente retrógrado como sempre. Conservador, reacionário, de direita, fascista, mídia golpista... como queira definir. Mas é o mesmo de sempre, não mudou nada e, pelo visto, talvez nunca mude mesmo. É uma pena. Agora o Chico, quem diria, demonstra que já aderiu de corpo e alma a seus patrões. Sua charge da ministra de Defesa da Mulher foi a coisa mais machista que já vi na imprensa nos últimos tempos. Uma aberração social, política, ideológica e que ainda por cima nem engraçada foi. Chico Caruso virou Chico Confuso. Cada vez menos se consegue ler O Globo...
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ResponderExcluirBravo, Rita! Adorei seu texto. Nas minhas leituras pelo universo teológico, fiz questão de ler a teologia feminina, forjada na América Latina, que ressucita o lado feminino da deidade cristã. Leonardo Boff, fiel apoiador das causas femininas (não gosto da palavra feminista, pois me remete ao inverso do machismo, o que não é bom) escreveu um livro cujo título é "O rosto materno de Deus". Talvez esteja aí o caminho, já que as religiões permanecerão, que elas encontrem o rosto feminino de Deus e vejam esse rosto refletido nos rostos de todas as mulheres.
ResponderExcluirSds,
Antonio
NB, eu já não consigo ler os jornalões há muito tempo. Diogo Mainard, da VEJA, foi o meu veneno definitivo. Não sei como alguém consegue escrever com tanto ódio. Salvo raras exceções, a "mídia oficial" é de provocar náuseas...
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