quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Quando o impossível é possível




Termino a leitura de “As mulheres do meu pai” de José Eduardo Agualusa, um pouco atordoada. O livro é excelente, mas tão intrincado, com tantos personagens, uma história dentro da outra, que quando você termina precisa começar outra vez.

Shopenhauer deve ter feito como Evandro, amigo e coordenador do nosso grupo de leitura, que lê os livros antes deles serem escritos, ao sentenciar:

“Daí, pois, como já se disse, exigir a primeira leitura paciência, fundada em certeza de que, na segunda, muita coisa, ou tudo, se entenderá sob luz inteiramente outra"

Sim, mas não vou me alongar sobre o livro, que absolutamente recomendo. Queria ater-me a uma citação da página 156, a propósito de uma brincadeira sobre coisas que não existem.

“- Ah, fotógrafos cegos existem realmente – riu-se. – Conheço um francês de origem eslovena, chamado Evgen Bavca. Cego dos dois olhos. E é bastante bom...”

Eu que sou cética, fui procurar na internet. E não é que existe mesmo? Que história triste e bonita, mais um exemplo humano de superação. Um ótimo exemplo, aliás, para ser relembrado nesta virada de ano, onde temos tantos sonhos e às vezes não acreditamos o suficiente neles. Tanta coisa é possível, até o impossível.



Feliz 2013 para todos vocês!

Para ler a matéria e ver as fotos do fotógrafo Evgen Bavca, clique no link abaixo:



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Estamos na Antologia 2012 de textos premiados da UFF

Noite quente. Lindos jardins do Solar do Jambeiro. Homenagem ao centenário do grande Pimentel. Suspense...

Benites, Rita e novaes/

Não, dessa vez não vencemos o Prêmio UFF de Literatura, mas estamos lá na Antologia, eu, novata no concurso, na categoria crônica (6ª colocação) e, na categoria contos, o maridão novaes /, vencedor de 2011, e o amigo Carlos Benites, já classificado em vários concursos da UFF.
Ah sim, e a escritora e colega do Clube da Travessa do Ouvidor (CLOu), Alair Alves de Carvalho, ficou com o 2º lugar na categoria crônica. Parabéns, Alair!

Pimentel, o senhorzinho da frente, alegremente posou com a turma

Vários amigos do Clube de Leitura Icaraí (CLIc) estiveram presentes na torcida: Gracinda, Elenir, Dília, Marlie, Ilnea, Luzia, Fátima, Niza, Carlos Rosa, Winter, Cristiana, além de colegas da Academia Niteroiense de Letras. Nós, é claro, levamos os filhotes também.
Após a solenidade, a turma foi comemorar no restaurante do Solar do Jambeiro.

A mesa foi pequena para tantos amigos,
aperta daqui, estica dali, coração de Clic cabe todo mundo

Clique abaixo para ler minha crônica:
http://clubedeleituraicarai.blogspot.com.br/2012/12/cronica-integrante-da-antologia-premio.html

Clique abaixo para ler o conto de novaes/
http://clubedeleituraicarai.blogspot.com.br/2012/12/conto-integrante-da-antologia-premio.html


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Travessia do Verso é tema de biblioterapia



Tive o grande prazer de ser convidada e participar, ontem, 11 de dezembro, de uma roda de biblioterapia com a psicóloga e escritora Cristiana Seixas, no espaço Ler e Ser, em Icaraí, para trabalhar o livro de poesias Travessia do Verso.

O grupo é formado por apreciadores de literatura, que absorvem, analisam e aproveitam trechos da obra escolhida para discutir emoções, sentimentos e questionamentos que a leitura provoca e evoca. Rica e profícua troca que deixou a todos os presentes muito felizes. 


 
Tanta coisa boa surge a partir da leitura. Renasce em mim a esperança de que o homem possa, enfim, ser mais humano.

Quem se interessar em participar do próximo círculo de biblioterapia pode entrar em contato com a Cristiana através do e-mail cristianaseixass@gmail.com. Vale conferir.

 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quem faria o teste do bafômetro?


 
Luciano Huck não quis fazer o teste do bafômetro. Saiu em toda a mídia. Eu não me conformo com esse tipo de divulgação, embora entenda perfeitamente. Primeiro usam-se os artistas, garotos-propaganda e figuras populares para vender jornal ou, mais recentemente, acessos à internet. Depois, e em minha opinião o mais grave, querem continuar nos vendendo a imagem de pessoas perfeitas, os bonzinhos em tudo, carismáticos, propagadores do bem, exemplos de cidadania, de vida conjugal, de beleza, qualquer coisa.

Somos humanos, ou seja, passíveis de errar, e como abusamos dessa nossa faculdade! 
Errar, quando nada tão grave e que possa nos levar a uma nova compreensão e à adoção de atitudes melhores, é até positivo. Faz parte da nossa natureza, mas às vezes acho mesmo é que não somos humanos, no sentido de que não mostramos piedade, indulgência ou compreensão para com outras pessoas. Isso é raro, muito raro.

Deveríamos estar mais voltados a viver e a viver melhor a nossa própria vida, investir em nossa felicidade e crescimento. Também por isso a mim me interessa a leitura, livros que nos fazem pensar e refletir sobre comportamentos e motivações. 

Uma ótima dica é o livro O Coração Informado, de Bruno Bettelheim, que tive a satisfação de ganhar de presente de amigo oculto no ano passado. O livro traz testemunhos do autor, psicólogo que sobreviveu ao campo de concentração nazista. Sem ar professoral, Bruno nos leva a uma revisão de conceitos muito bacana. E deixem o Luciano Huck pra lá.


sábado, 17 de novembro de 2012

Um viva ao humor inteligente!


Muitos filmes me impressionaram e ficarão, espero, guardados em minha memória enquanto estiver por aqui, mas Matrix tem uma relevância e uma atualidade que me fazem lembrar dele muito frequentemente. Encontro essa s a c u d i d a em alguns quadrinhos publicados diariamente no jornal. Um deles é "A cabeça é a ilha", nos chamando a atenção, com graça, para que vida é essa que estamos levando, que não é nossa, em que entramos numa gravitacional espantosa quando de frente ao espelho do real.


Outro cartoon muito legal é "Bichinhos de jardim", criticando com tanta propriedade o ilusório adeus à solidão que representam as mídias sociais, o consumo desenfreado e nossa inércia e passividade frente a tudo isto.



Mas, aqui e acolá, acredito que possamos aproveitar e nos divertir com a vida. É tudo uma questão de equilíbrio, ou antes, sua falta.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Gracinda Rosa: “A leitura, para mim, é uma atividade essencial, que faz parte integrante da minha vida"

Gracinda em recente passeio ao Parque Nacional de Teresópolis

          A primeira vez que fui à casa de Gracinda fiquei estarrecida. Nem acho que sou de me impressionar fácil, mas conhecê-la mais intimamente foi uma experiência e tanto. Na ocasião, há mais de um ano, fiz o poeminha que segue ao final da entrevista para ilustrar um pouco desse meu sentimento.

Gracinda, que já leu a astronômica quantidade de 1.510 livros, lança seu novo livro dia 6 de dezembro e ainda em novembro será vovó. Espero que gostem da entrevista que ela gentilmente concedeu ao meu Blog.



ENTREVISTA


Gracinda em uma de suas famosas dinâmicas

Um passarinho me contou que você está para lançar um livro de memórias. Essas memórias estavam todas "anotadas" ou é de 'cabeça"?  Como era a menina Gracinda, sua infância ? 
Gracinda: O passarinho estava certo: acabo de editar um livro de memórias. Como elas se limitam à fase da infância, época em que ainda não anotava as ocorrências de minha vida, ele se baseia exclusivamente nas recordações que guardo daqueles primeiros anos. Retrata, sim, a menina Gracinda, que era bem esquisitinha, introvertida, mas observadora, sempre refletindo sobre o que se passava à sua volta. Era estudiosa, gostava de ler, costurar, fazer tricô. Ouvia rádio, brincava com os três irmãos. Sonhava.
  

Você é famosa por sempre organizar atividades lúdicas nas várias reuniões que promove e participa. No lançamento do seu novo livro haverá dinâmicas? O que você está preparando para nós, quando e onde?
Gracinda: O lançamento do meu livro, no dia 6 de dezembro, será na Biblioteca Pública de Niterói e nele não faltará uma dinâmica. Mas creio que deveremos esperar o dia para ver.

  
Seu novo livro tem o poético nome Olhando para trás e vai até sua entrada na escola normal, não é isso? A sequência está no forno? Quais são seus projetos futuros?
Gracinda: Sim. "Olhando para trás" abrange lembranças de minha vida até a conclusão do curso ginasial. A sequência será minha formação e atuação como professora, em livro intitulado "Fui professora", que pretendo concluir no próximo ano.

  
Uma de suas sabidas qualidades é a organização. Você toma nota de tudo em seus muitos cadernos, como inclusive relatou recentemente em uma palestra na ANL, à qual tive a honra de assistir. Desde que você começou a tomar notas, quantos livros você já leu até hoje e o que representa a leitura para você?
Gracinda: Comecei a registrar os acontecimentos de minha vida em 1950, quando completei 17 anos. Em avaliação geral, creio que já li aproximadamente 1.510 livros, desde que meu pai comprou a coleção do Tesouro da Juventude. A leitura, para mim, é uma atividade essencial, que faz parte integrante da minha vida. No meu modo de sentir,  a única coisa que pode substituir o prazer da leitura são as viagens que, na verdade, proporcionam  uma outra forma de leitura.
  

Sua participação no Clube de Leitura Icaraí é relativamente recente em relação à sua experiência com a leitura. Uns três anos, talvez? Que diferenças você vê entre ler um livro sozinha e fazê-lo num grupo com posterior debate?
Gracinda: Ingressei no Clube de Leitura no dia 27/02/09. Já se passaram mais de três anos. Gosto de acompanhar a troca de ideias dos componentes do grupo, mas sou mais voltada para a leitura individual, talvez por ter uma fraca formação literária, preferindo comentar o que li apenas com os meus botões, sem buscar explicações para o fato de ter gostado ou não de um livro, sem ter que interpretar o que o autor quis dizer, etc.

  
Saindo um pouco da Gracinda escritora e avançando no campo familiar, conta pra gente como você está vivenciando a experiência de ser avó, pela primeira vez, aos 79 anos? Será que vai dar um novo livro?
Gracinda: Ser avó, mesmo em idade tão avançada, quando já poderia ser bisavó, é um momento lindo em minha vida. Vivi grande parte dos meus dias cercada de crianças, por ter sido alfabetizadora, e tive muitos sobrinhos e sobrinhos-netos que me trouxeram muitas alegrias. Espero a Leticia com muito carinho.

  
Quem é Gracinda Rosa: professora, jornalista, mestre em educação pela UFF, membro da Associação Niteroiense de Escritores (ANE), Academia Niteroiense de Letras (ANL) e Escritores ao Ar Livro, moradora da mesma casa, em Icaraí, há mais de 50 anos.

Livros publicados: “Pequenos Amores”, 2005, contos; “Cabine Individual”, 2007, romance; “Olhando para trás”, 2012 (memórias)

Gracinda comemorando o Dia do Poeta




GRAÇA EM FLOR

Conheci alguém que me impressionou
e não por uma coisa só.
um conjunto de saberes e dizeres e fazeres
que só mesmo se conheceres saberá.
Te conto um pouco, para imaginares

Conheci uma senhorinha de quase 80
que em casa não se apóia em coisa alguma
é completa dona de si, do tempo e do lugar
a memória não falha e na fala ela avança segura
com a eloquência dos 20

Não me contou de novela ou do preço do feijão
não me reclamou dores ou mazelas da idade
não se gabou de sua experiência nem me quis ensinar nada
Já está surpreso? Também eu, mas era ainda pouco.
Aprendi muito mais

Sua vida ela registra com uma organização invejável,
o que faz diariamente, como está o tempo
quem ligou ou apareceu, o e-mail que recebeu
a reunião da qual participou, o que houve de especial
a que horas se deita, tudo lá está

E no armário tudo certinho, um livro após o outro
em fileiras a desfilar
pelo arquivo de seu coração
assinalando essa vida vivida com um gosto
que é o bom gosto do quero mais

Há ainda os livros, de que te falo agora
para repensares em boa hora
são centenas, são milhares perfilados
corredor, quarto, escritório
onde se vá a respirar

Suas leituras e releituras de um sempre
onde se nota a importância gigante de Alexandre
só mesmo ele para, com a continuidade do amor,
interromper essa paixão e crescer
com a dedicação de mãe

Conheci uma senhorinha de quase 80
que dispensa empregadas e dá conta de tudo
faz comida, e que comida,
vai a banco, navega na internet
e tem o dia curto para o tanto a cumprir

Seu nome, um ardil para o ciúme materno
que a madrinha de guerra de seu pai despertou
homenageou sua tia, que graça, não podia ter-lhe caído melhor
tem mesmo o dom de agradar: Gracinda Rosa

Escreve ainda quatro livros essa senhorinha, imaginas?
e continua lendo, mais de 70 ao ano
e soma amizades como quem toma sorvete.
Tive a sorte de estar por aí, passando em seu caminho,
um beijo estalado minha querida.

Gracinda e eu em uma das reuniões do CLIc

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Saiu a lista dos finalistas do prêmio UFF de literatura. E estamos nessa!



Amigos, que alegria ver a notícia da divulgação dos finalistas do Prêmio UFF de literatura 2012. Estou entre os 20 na categoria Crônica e meu gato entre os 20 na categoria Contos. Agora é ficar na torcida para o dia 17 de dezembro, quando conheceremos a classificação final.

Reproduzo abaixo a notícia da UFF. Quem quiser conhecer todos os finalistas, basta clicar no link que segue.

Divulgada lista de finalistas do Prêmio UFF de Literatura
24/10/2012

O júri do 6º Prêmio UFF de Literatura – Poesia, Crônica e Conto concluiu seu trabalho de seleçãoescolhendo 20 textos de cada categoria para integrar a antologia que será lançada na festa de premiação do dia 17 de dezembro, no Solar do Jambeiro, em Niterói. Na ocasião, será divulgado o resultado final, com anúncio do vencedor de cada categoria e que, além do Troféu Itapuca, ainda ganhará um laptop. 

A edição deste ano apresentou como tema “O Contador de Histórias”, em homenagem ao centenário do escritor e jornalista Luís Antônio Pimentel. O concurso tem o patrocínio da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, da Fundação Euclides da Cunha e da Pró-Reitoria de Extensão da UFF. 

--> Confira a lista de finalistas.

http://www.noticias.uff.br/noticias/2012/10/premio-uff-literatura-finalistas-por-categoria.pdf

sábado, 20 de outubro de 2012

Olha eu no "O Globo"



Compartilho com vocês uma reportagem publicada no Globo Niterói de hoje, 20 de outubro, aliás Dia do Poeta. São quatro autores de Niterói e região, eu um deles, que falam de sua relação com a literatura.
Quanto às informações que dizem respeito a mim, faço as seguintes retificações: meu sobrenome é Magnago (e não Magnano), fiz jornalismo na UFRJ (e não na UFF) e o nome do meu blog é Alma Levada (e não Alma Lavada), rsrsrs. Ah, a imprensa...

Caso não dê para ler a matéria no recorte acima, segue o texto:


Raquel de Medeiros, Cyana Leahy, Paulo Henrique Brazão e Rita Magnano têm uma paixão em comum: a palavra. Desde a infância, a leitura fazia parte do cotidiano. Logo, veio a escrita.
No caso do jornalista Paulo Brazão, a arte de escrever foi descoberta aos 7 anos. Quando estudava no Instituto Abel, em Icaraí, recebeu seus primeiros prêmios, em concursos internos. Na adolescência, rascunhou algumas histórias fantasiosas e, aos 16, percebeu que sua habilidade era de escrever contos. Dos 18 aos 20, produziu bastante. O resultado pode ser conferido na primeira coletânea do autor, “Desilusões, devaneios e outras sentimentalidades”, da Editora Faces, que será lançado hoje, às 17h, na livraria Gutemberg, em Icaraí.

— O livro toca em temas como traição, decepções, suicídio e assassinatos, mas também apresenta situações inusitadas, quase absurdas, que chegam a ser cômicas, pincelando um pouco de romance e até erotismo em alguns contos. Uma tônica presente em quase todas as histórias é o sarcasmo — explica Brazão.

O amor em diferentes tons
Assim como Brazão, Raquel Medeiros é estreante no meio. Recentemente, publicou sua primeira obra, “Contos da chaleira”. O livro reúne 26 contos, nos quais o amor perpassa as tramas em diferentes tons.
— O amor pela literatura, por exemplo, é tema do conto de abertura, “A menina que roubava livros de Lygia Fagundes Telles”. A paixão pelos livros e pela escrita é abordada ainda como fonte de transformação pessoal e ponte entre as pessoas nos contos “História de desconcerto” e “Histórias da chaleira”. Os encontros e desencontros dos amantes e as relações de amor em família e entre amigos são outros temas desenvolvidos nas histórias — conta.
Raquel reconhece que sempre foi muito observadora. Depois que começou a escrever, entretanto, o mundo se mostrou ainda mais interessante, porque tudo, segundo ela, pode virar inspiração para uma boa história.

Quando a poesia é o primeiro passo
Rita Magnano inciou a relação com a escrita quando começou a rabiscar algumas poesias. Ela deixou o fazer literário de lado por algum tempo e foi redescobri-lo durante o curso de Jornalismo na UFF. No início de 2010, surgiu, então, a vontade de mostrar alguns escritos e decidiu publicá-los no blog “Alma lavada”. No mês passado, lançou “Travessia do verso”, um livro dividido em cinco momentos.
— Começa centrado na nossa busca de autoconhecimento, passa por algumas reflexões sobre a vida, a arte, o amor e os sonhos, e termina refazendo essa travessia de crescimento, trilhando o caminho da criança ao adulto que existe em nós, num movimento que é cíclico, ora um ora outro sobressai, dependendo do nosso momento — explica Rita.
A niteroiense Cyana, que também começou pela poesia, hoje já soma, em sua trajetória de escritora, seis livros do gênero literário, cinco de contos e seis de pesquisas acadêmicas. Para ela, o ato de escrever representa quase tudo.
— Como toda forma de arte, alimenta os sentidos, as emoções, o pensamento. Quando falta inspiração, fico meio perdida — relata Cyana, que agora se dedica à finalização de três obras: “Perplexidades e similitudes”, “Mulheres invisíveis” e “O que é a educação literária”.



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Feliz Dia das Crianças!


A infância passa que nem percebemos. 
Depois percebemos que ela não passa nunca. 
Carregamos sua memória
- nossa -
para o sempre dos nossos dias 
e com ela forjamos 
boa parte do que somos e seremos. 
Então, que deixemos a criança aflorar 
sem olhares de veto, 
conservemos meninos e meninas 
o nosso coração que ri e chora
mas que aprendeu e pode ensinar
a amar.




Na feira de bebês, pasmem
não se vendem bebês.
Que alívio sentiu minha menina
amedrontada por seus pares mais miúdos

Se mamãe tem que pagar
as férias da empregada,
é absurdo, porque ela pode...
escolher ir para Paris

A gente brinca, a gente ri,
mas quem conhece
o mundo desses pequenos?

E se desconhecemos
conceitos de perceber,
como saber a força
do que representam?

Gente pequena, também já fui,
não me lembro porque chorei,
mas as lágrimas, as verto ainda
procurando o que não sei

De mim ficaram enganos
da humanidade ferida
em mim ficarão desenganos
para o resto da vida.

domingo, 7 de outubro de 2012

Brasileira, sim senhor

Mais uma noite especial para minhas recordações. Ontem, 6 de outubro, fui agraciada com o 1º lugar no Concurso de Poesias promovido pela Glia (Niterói), onde tradicionalmente acontecem os cafés-concertos produzidos por Dília. O maridão recebeu Menção Honrosa e a coleguinha Maria Luiza, de cujas poesias sou fã, foi premiada com o 3º lugar.

Dília, a incentivadora mor dos poetas,
fez a honra de entregar-me os prêmios
Kátia, a cantora, entregou a Menção Honrosa a novaes/
Maria Luiza recebeu seu prêmio das mãos de Edith,
que carinhosa e lindamente os confeccionou
Os jurados: Cecchetti, Carlos e Gracinda

 A poesia premiada chama-se Brasileira, e segue abaixo:

Em mim cabe um país inteiro
de estrangeiros
que falam tantas línguas
e outros mil dialetos.

Entendo bem pouca coisa,
mas vai pela mímica
de adivinhar o sabor da vida
 - que só acontece de fato
quando se deixa entrar
o ar frio de noite
e depois o doce quente do sol -
no tempero desses aromas
de quente e frio
se desfaz o meu vazio
e forjo meu coração.

Cada batida um sino
avisando quem chegou e
quem partiu.

Há sempre visita na casa
às vezes mal educada
outras tantas, assombrada
mas eu deixo a porta aberta
para que me saiam os forasteiros
de fora de mim.

Na soleira, pertinho assim
é que me adentro,
brasileira enfim


Flagrantes do Café-concerto, para nosso deleite

Dília, Cris, em momento de
dramatização, e Amarildo
Elenir abriu o café-concerto com o poema  Motivo
 
  

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Travessia compartilhada


Mr. novaes/ e minha gatinha Amanda
Cartaz do lado de fora do Teatro

Meu filho Felipe, the bookseller

Que felicidade ter amigos para partilhar essa travessia em prosa e verso. Que alegria ter amigos e familiares reunidos celebrando uma noite especial, mesmo debaixo de chuva. Em meu coração, as imagens cristalizadas dos afetuosos abraços recebidos se eternizam em batidas ritmadas de dar e receber. Assim fazemos nossas vidas melhores e mais belas. Obrigada, meus queridos. Espero que curtam as fotos.

Elenir, linda de azul
Les chèrs concierges
Gracinda, minha rosa  
Angela Ellias, adorei você ter ido
Angela Stieger, toda linda
Antonio, grande amigo 
Fátima, amiga, entusiasta e torcedora
Luzia, querida amiga que foi mesmo
 de pé quebrado
  
Marlie, tão meiga
Niza, gatíssima
Norma, mentora do Clic
Cris, amiga, poeta e aniversariante

Meu querido tio Emílio
A amiga Vera e o marido

Os queridos Joana e Cícero

Neide, hiper atenciosa e carinhosa 

Fred, que meigo
Dília, querida, obrigadíssima
Cris e Dília em performance magistral
O escritor e amigo Carlos Rosa


novaes/, em breve serei eu a segurar seu livro

   
Esse Clic é muito lindo
Amo muito tudo isso
As queridas Creusa, Ana - minha comadre, tia Lena (em pé) e mummy
Minha prima querida Luciene
Minha comadre Ana
Minhas amigas da hidro, Célia
Neide
Creusa
e Dalva, todas lindas e maravilhosas