Se me fosse dado escolher, onde é que meu coração quereria nascer? Tão arraigados que estamos aos nossos costumes, sabemos ainda onde está a relativização dentro de nós?
A cultura me
vem aos olhos
marejados
pela poética
da diferença
de tantas
tribos
que somos
nós.
Saudo os hereres
polígamos nos
quais
pais não se
importam
em saber se
criam
a prole de
seu sangue.
Ora, se
criam, são seus.
A
simplicidade com que
podemos
terminar com
rixas,
rachas, dores, mortes
é isso que
assusta-me o coração
já viciado
com o pó ocidental,
a maquiagem
que forja beleza
e professa
falsa certeza
onde há
pequenez e rudeza.
A maior de todas as riquezas que este sofrido planeta sempre nos teve a oferecer, é certamente a diversidade de povos e culturas. Corremos o risco de perdê-la por conta da hegemonização cultural do sistema neo-liberal. Seria uma pena que nos tornássemos um grande Bigmac civilizacional, totalmente padronizado, comendo as mesmas comidas, vestindo-se igual, ouvindo as mesmas músicas... será uma chatice se um dia chegarmos mesmo a esse ponto de hegemonização. A esperança renasce quando percebemos que ainda há culturas (sadias) que ainda sobrevivem, apesar de tudo.
ResponderExcluirE mais, lindo poema e ótimas questões suscitadas por você.
um abraço,
Parabéns,Rita , por seu texto e poesia.Antônio tem toda razão, um dos mais belos que lemos. Amei também as imagens, muito harmônicas e sensíveis.Que olhos maravilhosamente expressivos, coloridos, têm esta pessoas das imagens!Mas sou suspeita, por dentro, sou neguinha também!
ResponderExcluirAntônio, vejo que o mundo caminha para isto:
Seria uma pena que nos tornássemos um grande Bigmac civilizacional, totalmente padronizado, comendo as mesmas comidas, vestindo-se igual, ouvindo as mesmas músicas...Triste!!