terça-feira, 5 de agosto de 2014

A prostituição nossa de cada dia


Neste mundo ‘politicamente correto’ em que vivemos, os preconceitos, infelizmente, não deixaram de existir, mas precisam estar mais bem disfarçados. Com tristeza comprovo isso na página 23 do “O Globo” de hoje – eu poderia comprovar em muitas páginas, mas esta especialmente me chamou a atenção, porque foi muito escrachado.
Diz o título: Prostituta com diploma...de Letras



Prostituta e escritora Lola Benvenutti, autora do livro ‘O prazer é todo nosso’.
Foto: Divulgação / Victor Daguano

Já me revoltei: e daí? Por acaso a profissão dela exige que tenha apenas o ensino fundamental ou o médio? Por acaso não estamos em um país que se intitula livre e democrático onde podemos escolher a carreira a seguir - desde que nossa condição financeira permita?

Por que não se pode escolher ser puta? Aliás, essa não é a profissão mais antiga do mundo? E até agora sofre preconceitos? Em alguns países, dada à crise econômica, está já fazendo parte da composição do PIB, mas por mero interesse, aliás como tudo e como sempre. De qualquer forma, um avanço, já que a atividade existe há milênios e é rentável.

Fico pensando em tantas mulheres – homens também, mas creio que em menor número – que se casam por interesse, que engravidam de olho na conta bancária do sujeito, que se vendem por jóias, carros, casas, viagens, o que mesmo que elas são?

Bacana, Gabriela Silva, que você esteja lançando um livro com sua experiência. Mulheres são em geral polivalentes e podem fazer uma e outra e mais outra coisa. Sucesso em suas carreiras!


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