Nesta época eleitoral, por mais que eu não goste de política
(e essa ojeriza tem raízes fortes na corrupção dos políticos brasileiros), como
cidadã e interessada no meu próprio bem estar, da minha família e amigos, como
quero crer todos nós, quero votar o mais consciente e informada possível.
Embora não haja candidato (a) que eu me sinta confortável
para defender ou pedir votos por ele(a), seria irresponsável conceder meu voto
sem saber minimamente do programa de governo de cada um.
Pois bem, lendo o que os jornais e a internet me
possibilitam e assistindo a alguns debates, o resultado é que, novamente, não
votarei no(a) melhor - nenhum(a) deles é -, mas no(a) menos pior.
Para o cargo de presidente da república, não vou me pautar
em posições morais de quem quer que seja, nem em empatia. Para mim, seria desejável
que o(a) eleito(a) fosse progressista, a favor do aborto, a favor do casamento
gay, da liberação da maconha etc, mas isso, no nível em que estamos no Brasil,
não impactaria, a meu ver, nosso desenvolvimento econômico, social, educacional
etc de forma significativa. Então, descarto, porque estamos muito longe de um(a)
candidato(a) ideal mesmo. Além disso, como reina a hipocrisia, muitas vezes o
candidato(a) até poderia ter tais posições, mas desconversa, nega, para compor
com grande parte do eleitorado que se apoia em motivos religiosos.
As propostas que se referem à nossa vida cotidiana me
interessam muito mais (segue pequena amostra abaixo, não quero me estender
porque isso não é um programa de governo nem eu sou candidata a qualquer coisa).
Então, por enquanto, eu já sei em quem não vou votar para presidente. Espero
que você também. Próximas reflexões sobre o governo do Rio e candidatos a senador/deputados.
O que considero básico como propostas (dentro da realidade do orçamento, logicamente):
·
geração de emprego e renda e qualificação
profissional;
·
melhoria do nível de educação básica, ensino médio e superior (e não apenas
criação de escolas ou equipar as mesmas com computadores);
·
melhoria urgentíssima na saúde, que agoniza no
CTI;
·
extensão do saneamento básico à grande maioria
de nossa população, garantindo fornecimento de água e esgoto;
·
no mínimo, controlar a violência e proceder a
uma ‘limpeza’ das polícias, para que não os confundamos mais com os marginais;
·
garantir uma política econômica que mantenha a
inflação sob controle, assim como a moeda, o câmbio e as taxas de juros;
·
aplicação consciente dos recursos e cuidados no
uso do pré-sal;
·
investir em outras fontes de energia, como a eólica
e a solar;
·
acabar com o caos no sistema de transporte e trânsito;
·
não riam, por favor, mas, mesmo sendo utópico,
reduzir muuuito a corrupção.
Rita Magnago, você acha que seria bom diminuir os tentáculos do Estado sobre a vida da gente? Eu digo, deixar poucas incumbências para o Estado e dar mais força para as empresas privadas?
ResponderExcluirOi Sonia, boa pergunta. Se já fôssemos um país do 1º mundo, eu diria que sim. Mas, como ainda temos longa estrada pela frente, eu acho que ainda cabe ao estado prover o que é de direito do povo que paga seus impostos regiamente. Gostaria muitíssimo de colocar minhas filhas numa escola pública de qualidade e de não ter que pagar uma fortuna para ter assistência médica digna.
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