sexta-feira, 19 de julho de 2013

Memorial Roberto Silveira reuniu escritores de Niterói e arredores, todos vinculados ao CLIc. Estivemos lá

Convidados por Lilian Azevedo, Coordenadora da Rede de Bibliotecas Populares Municipais de Niterói, os escritores Gracinda Rosa, Carlos Rosa, Cristiana Seixas, Novaes/ e essa que vos escreve, participamos de um delicioso encontro literário no dia 18 de julho, no Memorial Roberto Silveira, onde tivemos a oportunidade de falar um pouco de nossos livros, realizar leituras de trechos e interagir com a plateia no debate subsequente.

O Memorial é lindo

Todos nós fazemos parte do Clube de Leitura Icaraí (CLIc) e aproveitamos a ocasião para divulgar o CLIc e convidar os presentes a conhecer o clube nas reuniões que acontecem na primeira sexta-feira do mês, de 19 às 21h, na livraria da EdUFF (Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói).

Livraria da EdUFF, local de encontro do CLIc

Público gostou da informalidade das leituras
Ao invés de ficarmos atrás da mesa dedicada aos escritores, optamos por sentar à frente desta, mantendo uma proximidade e uma informalidade maior com os participantes. O resultado deu muito certo.



Cristiana e eu intercalamos leituras de algumas poesias de nossos livros, "Mosaico Vivo" e "Travessia do Verso", respectivamente. 
 
Cristiana e "Mosaico Vivo"
Rita Magnago e "Travessia do Verso"


Em seguida Gracinda contou sobre seu último lançamento, "Fui professora", selecionando passagens marcantes envolvendo alunos de alfabetização 


Gracinda Rosa e "Fui professora"


e Carlos Rosa prosseguiu a desgustação literária com a leitura de sua crônica "Agosto", do livro "O mar, a montanha e a cidade".

Carlos Rosa e "A montanha, o mar, a cidade"

Novaes/ leu o bem humorado conto “Um problema por favor”, de seu livro “Letras rebeldes, fluidos insensatos”, lançado em março deste ano. Ah sim, ainda assistimos ao vídeo da representação teatral do conto de Novaes/, “Meu filho querido”, vencedor do Prêmio UFF de Literatura 2011. 

Novaes/ e Letras rebeldes fluidos insensatos

Durante o coffee break, tivemos a oportunidade de interagir com a plateia, revendo alguns amigos queridos, como Ângela Ellias, Helene Camile, Sissa Schultz e Carlos Benites - as amigas Dília Gouvêa e Edith Antão também estiveram presentes, saindo um pouquinho mais cedo devido a compromissos profissionais.

com Helene Camile
com Angela Elias

Com Sissa, também escritora

Com Edith, Dília e Sissa


Novaes/, Rita, Helene, Lilian e Benites

Voltamos para o debate com o público e o tempo foi exíguo para tantos assuntos palpitantes. Ficou o convite para uma maior interação com as bibliotecas públicas niteroienses e novos eventos promovendo a literatura em espaços tão lindos e ricos como o que estivemos.

Nossos agradecimentos aos colegas do Memorial Roberto Silveira, das Bibliotecas Populares Municipais e em especial a Lilian Azevedo e as minhas amadas filhotas, Amanda e Helena, que fotografaram tudinho. Foi uma tarde maravilhosa. 

Helena e Amanda


Escritores com as colegas do Memorial





terça-feira, 16 de julho de 2013

Santo google, filtrai por nós



Minha amiga Rose T., há um tempo atrás, fez um texto hilariante citando o Google, dizendo, entre outras pérolas, que era bem mais útil que um marido. Eu agora faço coro, exceto a parte do marido, por favor, que preciso zelar pelo meu, rsrsrs.

Hoje o Google mudou a forma de apresentação da minha caixa de entrada do gmail, colocando uma aba para principal, outra para social e uma terceira para promoções, onde entre face, twitter etc. E fica bem mais clean para eu ver os e-mails de trabalho, sem tanta distração. Oh, obrigada santo Google!

Só que eu não acredito em milagres, sei muito bem que não há almoço grátis e essa facilidade toda não é para mim nem para você, é para o Tio Sam espionar melhor, pô, eles estavam perdendo muito tempo separando nosso lixo eletrônico. Além, é claro, de facilitar para eles venderem nossas informações de consumidores aos comerciantes interessados em um mailing list estratificado.

Mas, tudo bem, eu sucumbo à comodidade. Porque liberdade, como dizia Clarice, é pouco. O que eu quero ainda não tem nome.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Relançamentos e leituras de trechos no próximo dia 18/07 às 16h no Memorial Roberto Silveira



Amigos, Gracinda Rosa, Carlos Rosa, Cristiana Seixas, Mike Sullivan, novaes/ e eu, todos amigos do Clube de Leitura Icaraí, ficaremos honrados com sua presença no evento do dia 18/07. Além de tudo, o local é muito bonito, um convite ao devaneio. Venha devanear conosco!



terça-feira, 11 de junho de 2013

Feliz Dias dos Namorados



Esse bilhete tem endereço certo
será entregue em mãos.
Pulsações à varanda
marcam a espera de ver-te breve
mais logo ainda
do que ontem.
Passemos hoje como o tempo
sem nem mesmo senti-lo presente.
Durmamos com a lua
sorrindo miúda
como quem aprova esse namoro.
E amanhã de manhã
espelhos no banheiro te esperam
em translúcidos desenhos.
São as impressões que me deixas
aqui por dentro
corações, flechas, siglas
e um baita sorriso de amor.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Abram a gaiola que lá vai o ânus


Sabe quando você está cansado das mesmas notícias dos jornais, complemente desiludido com a política, com a imprensa, com a mesmice da vida que segue quando ela podia pulsar emocionantemente todos os dias?

Pois é, acho que é muito por isso que gosto tanto de ler e poder sonhar e viajar por dentro, por fora, e acho que foi por isso também que eu fiquei um tempão sem incluir um post novo aqui (ou você pode simplesmente chamar de falta de inspiração, se não estiver nos seus dias de educação exemplar, rsrsrs)

Mas hoje não. Além da emoção que “Hotel Global” me transmite em suas páginas quase finais, fazendo dessa vida uma vida, realçando todos os gostos e cheiros e sensações – vou parar, não quero falar de livro hoje -, tem enfim uma notícia interessante que você pode ler na íntegra no link mais abaixo:

Chocolate moldado a partir de ânus de modelo causa polêmica

O que você fez? Riu? Fez cara de nojo? Arregalou os olhos de espanto? Vai, confessa. É criativo, não é mesmo? Se vai ajudar a acabar com o preconceito em torno do ânus, da relação com o ânus, eu não sei, mas talvez enseje o questionamento.

São tantos parâmetros que nos mantêm engaiolados. Precisamos pensar sobre isso, precisamos abrir as portas de cada gaiola, cair em gaiolas maiores e maiores e maiores até serem tão grandes que nem dá pra ver. Aí estaremos livres, ou mortos, ou ambas as coisas. Mas a sensação desse caminho é boa e aberta, é um convite da vida.
  



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pela verdadeira abolição



Não queria que passasse em brancas nuvens, para não perder o paradoxo, a comemoração dos 125 anos da Abolição. Mas o que representa isso afinal? Que os negros não são mais escravos? De certa forma, talvez, se considerarmos como escravo a definição que nos apresenta o Houaiss: q
ue ou aquele que, privado da liberdade, está submetido à vontade de um senhor, a quem pertence como propriedade.

O olhar histórico, porém, é impiedoso: verifique quem é maioria na população das ‘comunidades’, nos presídios, nos empregos com menores salários. Agora busque quem sobressai com mais anos de estudo, com padrão de vida melhor, com casa própria. Toda semelhança não é mera coincidência. Então me diga, a escravidão acabou?

sábado, 27 de abril de 2013

A alma humana é branca


Essa frase-título sempre interpretei com asco, mas eis que, não tendo compromisso com o erro, pelo menos não com o mesmo, passei a vê-la de forma até simpática. E pensei, num momento de devaneio poético, se não poderia ter advindo daí a expressão que depois foi usada tão vilã e preconceituosamente como mais uma forma de segregação, de apartheid ideológico, tal como ocorreu com Santos Dumont, que não previu o uso bélico dos aviões.

Me explico: diz a definição no Aurélio, segundo informado na coluna de hoje (27/04/2013) de José Castello que “Branco diz-se da impressão produzida no órgão visual pelos raios da luz não decomposta” e interpreta Castello: “o branco fala, portanto, da mistura intensa, dos mundos inseparáveis, da coabitação de contrários que designam,em resumo, a alma humana”.


Em sua coluna, José Castello não trata da questão racial, mas foi logo o que me veio à mente porque essa matéria é ainda tão doída e doidamente presente entre nós. Por coincidência, se é que isso existe, essa semana assisti a um filme em DVD emprestado por uma amiga, “Escritores da liberdade”, tratando de uma escola modelo americana que tinha sido obrigada a abrigar turmas de integração. Ou seja, na mesma classe coexistiam latinos, negros, asiáticos e todas as demais classificações estapafúrdias que os americanos fazem de seu povo. Para a sorte da turma, pegaram uma professora novata cheia de sonhos e ideais que deveriam, verdadeiramente, ter movido o programa educacional, ao invés de interesses políticos e eleitoreiros, mas isso já é outro tema.

A cor da alma, a cor da pele, que importa isso se somos todos humanos?  O branco como multicolor, como inclusivo, como o abraçaço do Caetano, isso sim me interessa.

Para acabar com poesia, curtam a beleza dessa música.