Recebi o vídeo acima de um amigo e realmente é um escárnio. Pior que o Brasil ser o país que mais gasta com parlamentares em todo o mundo, pior do que ver o nosso dinheiro indo ralo abaixo é, ainda por cima, ver que afora o desperdício absurdo, o roubo, tudo isso não vale de nada. As leis aprovadas, quando não são para mudar nome de rua, proteger empresas dos próprios parlamentares, beneficiar locais onde os digníssimos investem, aprovar incentivos fiscais para empresas que dão mordomias a governantes etc, não são cumpridas ou são inócuas. Contam-se nos dedos da mão (singular mesmo) leis, votos e ações que realmente valem a pena.
O que aconteceria se reduzíssemos à terça parte o número de senadores, deputados e vereadores? Você notaria alguma diferença? Exceto pela economia de R$ 11.545,00/minuto, acho que não.
Precisamos fazer alguma coisa de sério para mostrar que nosso povo cansou de ser cordato, pacífico e aceitar o inaceitável. Precisamos nos revoltar, colar adesivos em carros, convocar passeatas, marchas, ocupar nós mesmos as assembleias legislativas de cada cidade, protestar e mostrar nossa voz. Os levantes nos países árabes já nos mostraram que a internet também pode servir a isso, e muito bem. As enormes manifestações na Grécia e Espanha também. Então, começamos?
Meu pai foi assessor de um deputado do "MDB" na época da ditadura e que foi cassado. Todos perseguidos pelo DOPS, sem salário, e lutando pela nação, cheios de ideais, acreditando em utopias. Cresci ouvindo as conversas deles dizendo vamos nos deitar no chão para não deixarmos os ônibus passarem por conta do aumento da passagem. Agora temos uma super ferramenta na mão que é a internet, estamos plugados o tempo todo. É preciso ter coragem de mostrar indignação, de cobrar, eu gosto muito das denúncias levantadas pela imprensa. Acho que a imprensa pode mobilizar massas, mas... como dizia meu pai, a imprensa tem que ser imparcial, tem que apenas dar a notícia e não opinião.
ResponderExcluirRose Timpone
Infelizmente o jogo da imprensa é apenas "queimar" o Congresso Nacional (não que eles não façam por onde...) para tê-lo nas mãos, dominá-lo e garantir assim a sua obediência aos interesses da grande mídia. Só isso. Não querem melhorar nada, pelo contrário, quanto mais errado, melhor, mais ficam enfraquecidos e manipuláveis. É um jogo de interesses.
ResponderExcluirA imprensa pode não prestar também, mas só é possível ter os parlamentares na mão se eles pisarem na bola mesmo e quanto a isso, não há a menor dúvida. Eu de qualquer forma acho melhor que todos saibam da roubalheira, quem sabe esse povo pacato se revolta e age. E aí, vai sobrar para todo mundo que não andar na linha.
ResponderExcluirO problema é que não temos como saber com precisão quem é "todo mundo que não andar na linha", já que a moral da mídia é seletiva: aponta todos os erros (e mais alguns) dos que não gosta, e nenhuma maracutaia daqueles deputados, senadores e governadores que lhe são obedientes e úteis. É uma vergonha, não dá pra ficar dependendo dessa mídia; ela não tem isenção nem na hora de apontar os podres... Mas concordo plenamente que comportar-se 101% corretamente é a única "defesa" possível contra escândalos (embora às vezes nem isso é garantia, pois a mídia inventa quando precisa).
ResponderExcluirSó pra concluir: democratizar a mídia é o único caminho para que ela fiscalize 100% a todos. Ou seja, que cada vez mais pessoas e grupos possam ser donos de jornais e rádios e TVs, com participação razoável no mercado (fim do monopólio global) e acesso às verbas públicas de publicidade. Nos EUA, nenhuma rede de TV pode ultrapassar 25% da audiência por muito tempo. Se passou, venda programas para outras redes. É por isso que as séries americanas às vezes mudam de canal. A Argentina já fez sua Ley de Medios, que proibe propriedade cruzada de meios: quem tem jornal e TV tem que optar por um deles. Aqui, seis (eu disse 6!!!) famílias controlam quase toda a mídia: jornais, rádios e TVs. E uma só é dona de jornais, TV e rádios. Não há democracia possível assim....... Não é uma questão pessoal contra essa ou aquela empresa de comunicação. O problema é o sistema, que é falho.
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