Olho as águas caindo sem parar
Num moto-contínuo
de força, energia, vibração, poder.
Quedas sem fim me fascinam.
Estonteante, de tão belo.
Um imenso entorno- floresta
verde-água, verde-bandeira, verde-vida
num límpido céu de azul-contraste.
Chuviscos de energia me atingem.
Respiro o molhado
que sobe das pedras
e esfumaça o ar.
Olhos fechados,
braços abertos
ouvidos atentos
à grande concha sem mar.
Fico ali, absorvendo.
Me absolvendo?
Imagem-memória
quero tecer metáforas
para os abismos do eu:
é depois que caímos que podemos
reerguer o ser humano à sua altura?
Água-mãe
que deixa teus filhos beberem da fonte
da pedra que canta
(como encantou aos índios e a Santos Dumont)
Deságue, foz de tudo
te conserve Iguaçu*.
te conserve Iguaçu*.
* Iguaçu significa a pedra que canta, na língua Guarani
Viagem proveitosa em todos os sentidos.Angelica
ResponderExcluirQue lindo poema, Rita! Parabéns! Imagino que seja um encanto ver de perto toda essa maravilha.
ResponderExcluirObrigada, Angelica e Sonia. Vocês são participantes muito queridas. Beijos.
ResponderExcluirqual autora do poema?
ResponderExcluirEu mesma.
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