quarta-feira, 15 de junho de 2011

Brainet: eu e você, você e eu...


Quando li a matéria publicada no caderno de Ciência do Globo de hoje, não resisti. Afinal, que canal melhor para falar de ‘brainet’, comunicação direta de um cérebro para outro, do que a própria net, em um espaço aberto a nossos pensamentos? No meu tempo de menina pequena lá em Barbacena isso era coisa para o Uri Geller (aquele que dizia entortar talheres e consertar relógios), lembra? Mas agora é assunto das altas rodas de neurocientistas. Dizem essas boas línguas que a neuroengenharia está se aproximando rapidamente da habilidade de conectar dois cérebros, ou mesmo vários, uns aos outros. Já pensou?

Não é parapsicologia, que eu também acho ‘Duca’ e morro de inveja de quem tem esse poder, dom, seja lá o que for, é ciência mesmo. A comunicação se daria por atividade elétrica cerebral, o mesmo princípio que já torna possível para o ator do inesquecível super-homem mover um cursor, por exemplo.

Em breve vestes robóticas permitirão a tetraplégicos andarem, quem sofre de mal de Parkinson não vai mais tremer e muitos outros avanços importantes acontecerão na medicina e em outras ciências.

O entrevistado da matéria, Miguel Nicolelis, que a propósito será uma das estrelas da Flip, em Parati, a meu ver, só deu uma bola fora. Abre aspas: É claro que isso não significa o fim do contato físico, até porque a nossa biologia exige isto, inclusive para a liberação de hormônios essenciais, fecha aspas. Gente, cá pra nós, esse cara deve ser muito ruim de cama”. Fui.

4 comentários:

  1. Rita, não entendo muito do assunto, mas achei curioso . Sempre percebi que há muitas ligações inexplicáveis, para mim, entre os cérebros. Sabe aquele negócio de você olhar uma nuca e a pessoa se virar?Pois é! rsrssr Há muita força em nossos pensamentos, não acha?
    Abraços
    Elô

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  2. Acho que não estaremos mais aqui quando essa "novidade" puder ser posta em prática. Mas é um exercício interessante pensar sobre isso e as consequências disso na vida humana. Essa comunicação seria involuntária (todos "leriam" os pensamentos dos outros)? Ou o ser humano conseguiria controlar seu uso, tipo assim: eu escolho uma pessoa e "envio" uma mensagem cerebral para ela. Ele recebe e responde se quiser. Se não quiser, continua com seus pensamentos, me achando um bobo, e não "responde" nada... Além disso, essa comunicação seria possível com que distância? A pessoa teria que estar no campo visual ou a gente conseguiria enviar mensagens remotas? E se, ao mandar uma mensagem cerebral para alguém, poderia acontecer dela ser "captada" por outra pessoa, que esteja ao seu lado, por exemplo? Caramba... são muitas variáveis!!! Por enquanto, o e-mail é o mais próximo que já se chegou disso... uma msg virtual, etérea, que passa pelas nuvens da internet e chega a alguém. Outra questão: conseguiríamos enviar mensagens cerebrais coletivas? Tipo o cara chega numa festa (solteiro) e envia uma msg assim: alguma gata aqui a fim de ficar? rsrsrs... seria interessante... mas se todos puderem receber, então qual a diferença de simplesmente FALAR?

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  3. Mylv,a medicina avança rapidamente e a longevidade tb, então espero estarmos aqui para ver mais este avanço. Qtas perguntas, vamos lá: no meu entendimento a comunicação seria voluntária e, a princípio, direcionada a uma ou + pessoas conectadas contigo através de impulsos elétricos. Mais uma forma de comunicação, muito útil para doentes que não podem usar outras formas. Agora num futuro mais longínquo, acho q.seu delírio pode virar realidade sim.

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  4. Super questionamento levantado mais uma vez pela Rita, que só coloca a gente para pensar.
    Eu, na verdade, sempre pude a vida inteira, falar exatamente o que penso, para todos. Minha cara é óbvia. Não consigo e nem quero disfarçar desafetos, se não gosto não gosto mesmo. Também acho que nós sempre passamos para o outro o quê queremos, para quê viemos ao mundo, com a forma como nos vestimos, como nos comportamos. O problema é que é muito difícil ver o outro e assim a gente espera que um dia possamos adivinhar pensamentosdos outros quando não dominamos nem os nossos próprios pensamentos. A maturidade ajuda muito na leitura de situações.
    Rose Timpone

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